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domingo, 10 de outubro de 2010

Vale: UBS corta sugestão para neutra, citando alta dos papéis e razões políticas

SÃO PAULO - Se por um lado o UBS elevou o preço-alvo das ações preferenciais da Vale (VALE5) de US$ 32 para US$ 35,25, por outro o banco optou pelo rebaixamento de sua sugestão, a qual passou de "compra" para "neutra".
Dentre as principais razões para o corte do banco está o fato de que, diante do recente avanço das ações da mineradora, mesmo com a alta do preço-alvo, o upside (potencial teórico de apreciação) segue inferior a 10%.
“Sob o sistema de avaliação do UBS, as ações brasileiras com menos de 20% de upside (valorização das ações + dividendos) são avaliadas com recomendação neutra”, argumentam Rene Kleyweg, Marcelo Zilberberg e Onno Rutten, analistas que assinam o relatório do banco.

Cadeiras impactam

Além disso, questões políticas envolvendo a mineradora também pesaram no corte da recomendação, uma vez que, segundo os analistas do UBS, poderão se intensificar. “Nós acreditamos que o ruído político em torno da Vale deva se manter e intensificar-se até que pelo menos um novo presidente assuma o cargo ou o Sr. Agnelli seja renomeado CEO (Chief Executive Office) no 2T11”, comentam.

Preço-alvo

Já quanto à elevação no preço-alvo dos ativos, o trio do UBS revela que ele se deu pela inclusão em seus modelos de um aumento no royalty de 3%, patamar inferior aos 5% esperados no último relatório.
“O nosso preço-alvo prévio, de US$ 32,00, incluía um aumento de 5% de royalties. Dada a evolução mais benigna da ‘super taxa’ australiana, agora incorporamos um aumento de apenas 3% de royalties”, justifica a equipe do UBS.

Capex

Por fim, estimam que o programa de capex (investimento em bens de capital) da mineradora para os próximos cinco anos deva atingir a cifra de US$ 100 bilhões. “Nós também esperamos ver revisões para cima nas atuais diretrizes do capex, principalmente devido à força do real”, conclui o UBS.

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