O conteúdo deste blog é destinado a estudos sobre a bolsa de valores. A decisão de compra ou venda de qualquer ativo é de inteira responsabilidade de cada um.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ação ordinária da Usiminas cai 5,2% diante de especulações sobre aquisição



Por: Tainara Machado
23/03/11 - 17h24
InfoMoney

SÃO PAULO - O anúncio feito pela Gerdau (GGBR4) na segunda-feira (21) de que a empresa tem intenção de realizar uma oferta de ações bilionária surpreendeu não só aos investidores da empresa, mas também aos acionistas da Usiminas (USIM3,USIM5), cujas ações ordinárias têm sido alvo de fortes especulações envolvendo o controle acionário da empresa. Somente nesta quarta-feira (23), as ações recuaram 5,2%, para R$ 30,00, após terem subido quase 6% na véspera.

De acordo com aviso enviado nesta quarta (23) ao mercado, a Gerdau pretende captar até R$ 6,53 bilhões em oferta de distribuição pública primária e secundária de papéis ordinários e preferenciais. "Como a oferta não era esperada, e não há nenhum fato novo que justifique o levantamento de recursos, gerou certa dúvida", avalia William Castro Alves, analista da XP Investimentos.

A especulação, portanto, seria de que a Gerdau teria interesse em adquirir participação na Usiminas, o que ganha força diante dos rumores de que há disposição de parte do atual bloco controlador - composto pelo Grupo Votorantim e a Camargo Côrrea, o Grupo Nippon e a Caixa dos Empregados da Usiminas - em vender uma fração da participação na empresa.

Potenciais sinergias geram dúvidas
Para Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW, da concomitância dessa especulação de que há interesse por parte da Usiminas em vender e da Gerdau para comprar, surgiu o boato. Em sua opinião, a Gerdau, que teria contratado uma consultoria para avaliar o potencial de criação de sinergias com a união dos negócios, estaria com "bala na agulha" caso de fato ache a operação interessante.

Do seu ponto de vista, os ganhos na união das duas empresas podem ser interessantes, já que ambas têm reservas de minério de ferro, o que geraria acúmulo para exportação. Além disso, como atuam em segmentos distintos - aços planos, no caso da Usiminas, e longo, no caso da Gerdau - dificilmente a fusão enfrentaria resistência por parte do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Castro Alves não concorda com essa visão justamente por acreditar que as operações das duas empresas não são complementares, com exceção da planta da Gerdau em Minas Gerais, a Açominas, onde também ficam as fábricas da Usiminas. Castro Alves argumenta ainda que é difícil falar de conjecturas, mas que pensando nas duas empresas de forma distinta, a integração talvez não gerasse sinergias tão expressivas.

Tal fusão de ativos foi considerada “transformadora” por Alexander Hacking, analista do Citi, em relatório recente, uma vez que a Usiminas poderia ter um substancial aumento de sua capacidade de aço cru, usando esse aço “para manter sua participação de mercado em face da nova competição”. Outros benefícios citados pelo analista são os maiores recursos de minério de ferro, menor competição futura em aço plano e possivelmente melhor desempenho operacional.

A Gerdau, por meio da assessoria de imprensa, declarou que os rumores são improcedentes e que a companhia não contratou consultoria para avaliar potenciais sinergias.

Apenas rumores
O elo mais fraco, e que tem sido apontado como potencial interessado em se desfazer de sua participação na Usiminas, é o fundo de pensão dos funcionários da empresa. Os Grupos Nippon, Votorantim e a Camargo Côrrea celebraram no dia 18 de fevereiro novo acordo de acionistas, que será válido a partir do vencimento do atual, que vai até 2016.

Nele, a Caixa dos Empregados da Usiminas deixa de fazer parte do bloco de controle a partir dessa data. Na época, o acordo foi visto como uma tentativa da siderúrgica de proteger o controle acionário da empresa das investidas da CSN (CSNA3), que havia anunciado compra de ações da empresa no mercado, atingindo participação superior a 5% das ações ordinárias.

Com os rumores de mudança de controle, as ações ordinárias da Usiminas subiram mais de 41% somente em 2011. As oscilações já foram alvo de consulta por parte da BM&F Bovespa, mas a empresa limitou-se a reapresentar o acordo de acionistas como único fato novo de seu conhecimento. Para Pedro Galdi, a disparada é pura especulação, porque neste momento não há nenhum potencial benefício para o acionista da Usiminas na operação que possa ser de fato quantificado.

http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=2067794&path=/investimentos/

quarta-feira, 23 de março de 2011

B2W (BTOW3) - A longo prazo

Conforme na notícia abaixo, a B2W não está passando por um bom momento, sendo obrigada a fazer grandes investimentos a longo prazo.



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Preocupado com dívidas e concorrência, BofA corta preço-alvo da B2W

Por: Equipe InfoMoney
22/03/11 - 17h23
InfoMoney

SÃO PAULO - Ao ponderar o resultado do quarto trimestre de 2010 da B2W (BTOW3), que trouxe um inesperado prejuízo de R$ 0,13 por ação, um pequeno aumento de 4,3% nas vendas e a contração do Ebitda (geração operacional de caixa), o Bank of America Merril Lynch reduziu suas projeções para a companhia. O preço-alvo passou de R$ 26,00 para R$ 21,00, o que implica um downside de 8,9% sobre o pregão da última segunda-feira (21).

O banco norte-americano também reduziu a projeção de lucro por ação em 2011 de R$ 0,69 para R$ 0,50. Em 2012, a estimativa caiu de R$ 0,85 para R$ 0,68. O trio de analistas Robert Ford, Melissa Byun e Marcelo Santos justificam em relatório que a empresa passa a apresentar "uma perspectiva de receita menos desafiadora e maiores custos para financiamentos líquidos". A recomendação de underperform (retorno abaixo do mercado num horizonte de 12 meses) foi mantida.


Endividamento preocupa
Em teleconferência com analistas sobre o último resultado da companhia, o diretor de Relações com Investidores, Murilo Côrrea, anunciou investimentos de até R$ 350 milhões neste ano. O montante é quase 30% superior aos investimentos realizados pela
companhia em 2010 e visa o desenvolvimento de novas tecnologias, inovação e logística.


Os analistas do BofA dizem esperar que o investimento seja fundamentado em um fundo de securitização recém-formado e também com dívida bancária. O trio se mostra preocupado com o aumento do endividamento da companhia, ao mesmo tempo em que avalia os investimentos da concorrência como outro fator de risco.

"A melhoria na funcionalidade do website pode ser insuficiente para ofuscar o aumento de competitividade e o aumento da evasão fiscal online, que as autoridades tem demorado a checar", afirmam Ford, Santos e Melissa em relatório.

Por fim, o BofA diz que, por uma questão estratégica, a B2W tem sido obrigada a fazer pesados investimentos, cuja retornos no curto prazo ainda estão indefinidos. Por outro lado, a empresa poderia tornar-se, no longo prazo, uma consolidadora do setor.

Fonte:InfoMoney
Link: http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=2066735&path=/investimentos/

Gerdau (GGBR4) quer fatia da Usiminas (USIM3, USIM5)

Pessoal gostaria de compartilhar trechos de reportagens sobre a Gerdau e Usiminas


"No noticário corporativo, a falta de detalhes no anúncio de que a Gerdau (GGBR4) planeja fazer uma oferta de ações levantou rumores de que os recursos da operação podem ajudar a empresa a comprar uma fatia da Usiminas (USIM3, USIM5). Com isso, as ações ordinárias da Usiminas voltaram a liderar as altas do Ibovespa na sessão."


Fonte: InfoMoney
Link: http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=2066927&path=/investimentos/


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"A Gerdau historicamente cresceu via fusões e aquisições, e dessa vez, nós acreditamos que a história poderá se repetir de novo”, escreveu Leonardo Correa, analista do Barclays, em relatório. Segundo Correa, a operação resultaria em sinergia em diversas áreas, como os canais de distribuição, poder de precificação, compartilhamento tecnológico, otimização da capacidade de rolagem entre as companhias e ganhos de escala e logística."


"Por outro lado, as ações da Usiminas se valorizaram com base nos rumores da aquisição, e agora já estão adequadamente representando o cenário de consolidação, escreve Correa. Deste modo, com um cenário de ganhos fracos, com pressão por conta dos custos de matéria prima e somadas ao valuation elevado, a recomendação do analista no setor é para voltar os investimentos para a Vale (VALE3, VALE5), baseado nos fundamentos e no valuation da empresa. No entanto, para aqueles que realmente quiserem a exposição à Usiminas, a indicação é para o investimento em USIM5."


Fonte: UOL
Link: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2011/03/22/capitalizacao-sugere-aquisicao-no-radar-da-gerdau-o-que-pode-pressionar-acoes.jhtm

sexta-feira, 18 de março de 2011

Após semana nervosa por crise no Japão, Bolsa fecha em alta

Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em alta pelo segundo dia seguido após uma semana marcada pela crise nuclear no Japão, país sacudido por um forte terremoto e tsunami.
Nesta sexta-feira (18), o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) subiu 1%, aos 66.879,89 pontos. Na semana, a Bolsa acumulou alta de 0,29%.
Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,71% no dia.
cotação do dólar comercial fechou em baixa de 0,95%, a R$ 1,67 na venda. É a maior queda diária desde 4 de novembro de 2010 (quando caiu 1,41%). Porém, no acumulado da semana a moeda norte-americana teve valorização de 0,24%

Bolsas internacionais

As Bolsas de Valores da Europa fecharam em alta, após a intervenção do G7 para enfraquecer o iene e o cessar-fogo da Líbia, que melhoraram a confiança do investidor.
Um fator que limitou os ganhos, porém, foi a decisão da China de elevar novamente o depósito compulsório dos bancos, medida mais recente de um ciclo de aperto monetário que muitos acreditavam estar em pausa após o devastador terremoto no Japão.
Sobre os conflitos no norte da África, alguns analistas e políticos estavam céticos sobre a duração do cessar-fogo na Líbia. Mas estrategistas continuaram otimistas sobre as perspectivas para as ações.
Os principais índices das Bolsas asiáticas encerraram o último pregão desta semana com ganhos, após circular a notícia de que o G7 (grupo das sete maiores potências mundiais, incluindo o Japão) decidiu intervir no mercado de câmbio para impedir a sobrevalorização da moeda japonesa.

Em teleconferência na noite de ontem, os membros do G7 concordaram realizar uma ação coordenada de venda de iene, no momento em que o Japão passa por uma grave crise nuclear desencadeada pelo forte terremoto seguido de tsunami que atingiu o país na semana passada.
A expectativa de repatriação de investimentos para promover a reconstrução do país levou a moeda japonesa a registrar os maiores patamares desde a Segunda Guerra Mundial.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Tragédia no Japão atinge a Bovespa 16/03


No início do pregão dessa quarta-feira (16/03) a Bovespa apresentava um otimismo, acompanhando as bolsas asiáticas. Porém, nesta tarde após a divulgação da rachadura no depósito de combustível Atômico de um reator do complexo de Fukushima, causando um novo incêndio. O clima de tensão aumentou ainda mais depois que o chefe de Energia da União Européia afirmou que a situação está efetivamente fora do controle.




No mundo Islâmico as coisas também não vão nada bem, o Bahrein declarou estado de emergência de 3 meses, fechando o mercado acionário do país.



Por que o Bahrein e a tragédia no Japão afetam as bolsas de outros países?A Bovespa irá continuar caindo?
Quando acontece um fato negativo significante internacionalmente, os grandes investidores preferem ter a liquidez desses papeis ao invés de continuarem a correr risco, principalmente retirando os investimentos de países emergentes. O Brasil passa situação econômica muito mais positiva que muitos outros países, porém a índice da Bovespa provavelmente irá acompanhar o humor externo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Bolsa de Tóquio fecha com queda de mais de 6%

Operador da Bolsa de Tóquio diante da queda acentuada nesta segunda-feira. Reuters.
SÃO PAULO - As sequências de terremotos e tsunamis no Japão desde a última sexta-feira provocaram fortes perdas na bolsa de Tóquio. Já antecipando os custos da tragédia, o índice Nikkei 225 encerrou o pregão desta segunda-feira em queda de 6,18%, aos 9.620,49 pontos.
O banco central do Japão agiu para minimizar os efeitos da catástrofe sobre o sistema financeiro, injetando 15 trilhões de ienes (US$ 183 bilhões) no mercado a fim de garantir sua sustentabilidade. A provisão de fundos é a maior já injetada em uma única operação pelo Banco do Japão.
- Tomaremos qualquer medida possível, inclusive com injeção de liquidez, para assegurar a estabilidade dos mercados financeiros e facilitar as operações - disse um porta-voz do banco. - Esta opeação é a mais importante realizada até agora" no mercado monetário japonês, acrescentou.
Os investidores, entretanto, permanecem atentos aos acontecimentos no país, que se vê sob a ameaça de uma catástrofe nuclear diante das explosões em suas usinas.
Saiba mais:
O custo de seguros referentes à catástrofe pode chegar a US$ 34,6 bilhões, segundo estimativa inicial publicada neste domingo pela AIR Worldwide, especialista em avaliação de risco.
Os papéis das principais fabricantes de automóveis japonesas despencaram mais de 10%, em uma reação dos investidores ao fechamento de fábricas após o terremoto.
- Não podemos ignorar o impacto que este terremoto terá em termos de escala e agrangência geográfica, bem como o impacto psicológico - disse o especialista do Credit Suisse, Shun Maruyama, à Dow Jones Newswires.
Maruyama cortou sua meta para o Nikkei para o fim de março de 11.000 para 9.000.
As bolsas de Taipé e Sydney também fecharam a sessão desta segunda-feira no vermelho. O índice Taiwan Taiex recuou 0,56%, para 8.520,02 pontos, enquanto o SP/ASX 200 baixou 0,40%, para 4.626,40 pontos.
O comportamento das bolsas na Ásia, porém, não foi uniforme. As bolsas de Xangai, Hong Kong e Seul apresentaram alta nesta segunda-feira.
Em Xangai, o Shanghai Composite subiu 0,13%, para 2.937,63 pontos, acompanhado pelo índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, que teve valorização de 0,41%, aos 23.345,90 pontos. Em Seul, o índice Kospi ganhou 0,80%, avançando aos 1.971,23 pontos, com a expectativa de aumento nas vendas das empresas do país diante da destruição das fábricas de seus concorrentes japoneses.
A partir desta segunda-feira, o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo começa às 10h e termina às 17h , em virtude do início do horário de inverno nos Estados Unidos.

XP altera carteira recomendada e substitui as ações da Vale pela Randon


Por: Equipe InfoMoney
14/03/11 - 18h00
Fonte: InfoMoney

SÃO PAULO – A XP Investimentos divulgou sua carteira top picks para a semana de 14 de março, optando pela substituição das ações da Vale (VALE5) pelos papéis da Randon (RAPT4). A mudança se deve às expectativas do mercado acerca das alterações nos royalties da mineração, juntamente com as projeções de números recordes para os resultados da Randon.
A última semana foi mais curta devido as festividades do Carnaval, entretanto, a volatilidade tomou conta do mercado. Com tensões nas Líbia e também pelo receio de que os protestos se espalhassem pela região, o cenário também foi marcado pelos números fracos de exportação da China e a forte inflação que toma conta do país. Por fim, o rebaixamento do rating da Espanha pela Moody´s e o tsunami no Japão adicionaram pessimismo ao mercado.
Para esta semana, a XP pede muita atenção para os dados de contabilização dos prejuízos causados pelo Tsunami. Ademais, destaca que as incertezas sobre o petróleo ainda continuam com destaque no mercado, diante aos conflitos na Líbia. Além disso, a semana contará com importantes indicadores macroeconômicos nos Estados Unidos, e, internamente, com possíveis medidas do governo no mercado de câmbio.
Desempenho
A carteira XP na semana passada acompanhou a desvalorização de 1,7% registrada pelo Ibovespa, considerando o preço médio do dia 7 até às 13h00 do dia 14. Entretanto, o desempenho foi 0,4 ponto percentual superior ao índice. Nas últimas quatro semanas, a carteira acumula valorização de 0,7%, enquanto o Ibovespa registra alta de 0,3%.
Do lado das ações que registraram desempenho negativo, a Vale (VALE5) apresentou queda de 3,2%. Por outro lado, as ações da AmBev (AMBV4) foram destaque de alta, com valorização de 0,5% no período.
Confira as recomendações da XP:
EmpresaAção
AmBevAMBV4
PetrobrasPETR4
RandonRAPT4
Transmissão PaulistaTRPL4
Itaú UnibancoITUB4

quinta-feira, 10 de março de 2011

Cotações de hoje - Bolsas mundiais - 10/03/2011

Brasil | Ibovespa
-1,82%

E
UA | Nasdaq
-1,84%

Reino Unido | FTSE 100
-1,55%

Japão | Nikkei
-1,46%

Espanha | IBEX-35
-1,17%

França | CAC 40
-0,75%

Ações recomendadas - Março 2011

O setor de energia elétrica foi o que recebeu o maior número de recomendações nas carteiras relativas a março, somando 39 indicações, que se dividiram em 12 empresas, com destaque para a Cemig (CMIG4), que apareceu em 8 dos 32 portfólios monitorados pela InfoMoney neste mês.
Com uma recomendação a menos que as elétricas, as empresas de serviços financeiros totalizaram 38 recomendações nas carteiras de março. Ao todo, 10 empresas do setor foram mencionadas, com destaque principal para o Itaú Unibanco (ITUB4), responsável por 12 dessas indicações.
Fechando o pódio, aparece o setor de petróleo, gás e biocombustíveis, com 32 citações, divididas em apenas 4 ações, com destaque para Petrobras PN (PETR4) e OGX ON (OGXP3), citadas por 17 e 12 vezes, respectivamente.
Dessa forma, apesar de ter recebido um número absoluto menor de indicações, as empresas petrolíferas receberam uma média de 8 recomendações por ativo que foi citado, bem acima da média das elétricas (3,25 recomendações por ação) e das financeiras (3,8).
Ao todo, 31 carteiras de bancos e corretoras foram utilizadas para este levantamento. Os portfólios selecionados foram: Amaril Franklin, Ativa, Banif, BB Investimentos, Bank of America Merrill Lynch, Bradesco Corretora (2 carteiras), BTG Pactual, Citi, Coinvalores, Credit Suisse, Fator Corretora, Geração Futuro, HSBC, Link Investimentos, Magliano (2 carteiras), Omar Camargo (2 carteiras), PAX, Planner, Santander, SLW (3 carteiras), Socopa, Souza Barros, Spinelli, UM e XP (2 carteiras).
Entre todas as carteiras publicadas pela InfoMoney em março, nesta compilação apenas não foram considerados os portfólios com sugestões de ações que tenham perspectiva de pagamento de proventos.

Cemig lidera

Com uma geração de caixa mais previsível, uma demanda inelástica e menor necessidade com um "case" de negócios bem maduro - o que diminui a necessidade de novos investimentos e, consequentemente, disponibiliza uma maior quantia de dividendos aos acionistas -, as ações setor elétrico são consideradas uma opção defensiva de investimentos em bolsa, geralmente sendo recomendadas para diminuir a exposição do portfólio ao risco.
E diante do cenário instável atualmente visto na economia, tendo em vista a cada vez mais constante preocupação inflacionária no País e também as tensões políticas que os países do Oriente Médio e do norte da África têm vivenciado, esses papéis acabam ganhando ainda mais exposição, explica a Um Investimentos em seu relatório mensal, justificando porque elevou sua exposição em Cemig em sua carteira de março.
Além disso, a equipe da corretora também dá ênfase aos resultados do quarto trimestre de 2010 que serão apresentados pela companhia dia 30 deste mês, período no qual a Cemig deverá reportar a mesma força vista no terceiro quarto do ano, "onde a companhia superou as expectativas do mercado em relação a vendas, margens, geração de caixa e resultado líquido".
A Um também ressalta que a companhia tem voltado a se destacar como uma boa pagadora de dividendos, importante driver que havia perdido forças nos últimos meses. A liquidez que seus ativos possuem, a referência em governança corporativa e o desconto em relação aos seus pares do setor também são outros fatores elogiados pelo time de análise da corretora.

Serviços financeiros ficam logo atrás

Com apenas um voto a menos que as companhias elétricas, as empresas de serviços financeiros tiveram entre os principais destaques de recomendação os bancos.
Além do Itaú Unibanco, citado em 12 carteiras de bancos e corretoras nesse mês de março, também podemos destacar o Banco do Brasil (BBAS3) e o Bradesco (BBDC4), que receberam 7 e 6 recomendações, respectivamente.
Setores  Recomen-
dações
Total de
 Empresas
Citadas
 Média* Mais
 Recomendada 
Energia Elétrica39123,25Cemig PN (8)
Serviços Financeiros38103,80Itaú Unibanco PN (12)
Petróleo, Gás e
Biocombustíveis
3248,00Petrobras PN (17)
Consumo Não-Cíclico26102,60AmBev PN (10)
Mineração241-Vale PNA (24)
Telecomunicações &
Mídia 
2163,50Vivo PN (11)
Engenharia, Cons-
trução Civil & Explo-
ração de Imóveis 
1982,38PDG ON (6)
Transporte &
Logística
1862,17GOL PN e CCR ON (5)
Siderurgia &
Metalurgia
1744,25Gerdau PN (8)
Consumo Cíclico1532,50Lojas Renner ON (5)
Bens Industriais e
Materiais de Transporte 
1443,50Randon PN (6)
Agronegócio1352,60Cosan ON (7)
Serviços732,33Localiza ON (5)
Carnes, Laticínios e
Derivados 
52-BR Foods ON (4)
Tecnologia da Infor-
mação e Internet 
431,33Totvs ON (2)
Industrial 22Lupatech ON e
Indústrias Romi ON (1) 
Papel e Celulose1Fibria ON (2) 
Petroquímica1Braskem ON (2) 
Água, Saneamento
& Gás
Comgas PNA (1) 
Total299 893,36Vale PNA (24)
*Setores que tiveram menos de três empresas recomendadas não tiveram a média calculada
Segundo os analistas, as ações dos bancos mostram-se bastante atrativas após as recentes quedas acumuladas em virtude dos anúncios do governo de medidas macroprudenciais, visando inibir o avanço da inflação.
Nesse sentido, os analistas do BTG Pactual justificam sua exposição tanto nas ações do Itaú Unibanco quanto nas do Banco do Brasil em sua carteira recomendada de março por acreditarem que, apesar desse momento conturbado, o setor financeiro ainda é a melhor forma de se expor ao crescimento econômico brasileiro.
Vale mencionar que as ações do Itaú Unibanco foi a terceira mais citada nas carteiras recomendadas desse mês, ficando atrás apenas de Vale (VALE5) e Petrobras (PETR4). Além disso, ela ocupa atualmente a primeira posição no MCI (índice de consenso do mercado), compilado pela InfoMoney.

Petróleo & Gás

Fechando o pódio, as recomendações para o setor de petróleo e gás giram principalmente na questão dos preços do petróleo, que atingiram patamares históricos por conta do aumento das tensões em países como Líbia, Irã e Arábia Saudita, importantes produtoras da commodity na região.
Segundo os analistas, as incertezas em relação ao tempo em que essas indefinições políticas se manterão deverá sustentar os preços atuais do barril de petróleo, isso sem contar que poderá haver novos protestos em outros países, agravando ainda mais a relação entre oferta e demanda da matéria-prima.
No entanto, não é apenas de especulação sobre a commodity que se mantém o otimismo dos analistas em relação as empresas do setor. Tanto Petrobras quanto OGX têm anunciado boas descobertas em 2011.
Para a equipe do BTG, os recentes anúncios de hidrocarboneto encontrado na Bacia de Campos pela OGX deverá trazer de volta o otimismo que os investidores tinham pela ação da petrolífera de Eike Batista, justificando porque recomenda a compra das ações da OGX e não as da Petrobras.
Já o BB Investimentos argumenta que as recentes descobertas da estatal brasileira de petróleo deixam evidente que 2011 será "um ótimo ano para a compania em termos de notícias nas áreas de exploração".