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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Penalizadas por dados de venda e produção de aço, CSN, Usiminas e Gerdau recuam

Por: Equipe InfoMoney
20/10/10 - 20h06
InfoMoney


SÃO PAULO - O setor siderúrgico  viveu um dia negativo nesta quarta-feira (20), sentindo a repercussão do relatório do Instituto Aço Brasil sobre o desempenho do setor em setembro. 
De forma geral, o documento revelou um prolongamento do cenário negativo para as siderúrgicas nacionais, com queda na produção e redução nas vendas internas. O crescimento das exportações foi o contraponto positivo do relatório. 
Pressionadas pelo noticiário negativo envolvendo o setor, as açõesde siderúrgicas se destacaram entre as quedas do dia, com os papéis da Usiminas (USIM5USIM3) liderando a ponta negativa do Ibovespa na sessão. CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) também fecharam o pregão no vermelho.
Desempenho das ações de siderúrgicas
EmpresaCódigo VariaçãoFechamento
UsiminasUSIM3-4,28%R$ 22,78
UsiminasUSIM5-3,60%R$ 20,03
CSNCSNA3-2,15%R$ 27,69
GerdauGGBR4-0,28%R$ 20,79
Desempenho setorialEm setembro deste ano, a produção e aço bruto no País somou 2,68 milhões de toneladas, representando uma queda de 7,0% em relação a agosto e uma retração de 1,2% frente ao mesmo período de 2009.
"Em nossa opinião, estes indicadores demonstram a momentânea fragilidade das siderúrgicas nacionais, em função dos altos níveis de estoque em clientes e do aumento da concorrência via importados", aponta Rodrigo Ferraz, da Brascan Corretora.
"O único ponto positivo é o crescimento das exportações, mas, mesmo assim, este número deve ser analisado com cautela, já que as margens nestes itens são tipicamente menores, prejudicando os números das siderúrgicas", continua o analista.
Sem esperar uma reversão neste cenário antes do primeiro trimestre de 2011, Ferraz ressalta sua preocupação com a rentabilidade do setor frente a manutenção dos custos de produção em níveis elevados por uma período significativo, a dificuldade de repasse destes custos devido ao alto nível dos estoques, e a elevada competição de importados. 
"Nossa expectativa é de que o volume de importação caia nos últimos meses de 2010, como resposta ao alto nível de estoques na cadeia, fazendo com que as vendas das siderúrgicas possam, novamente, apresentar variações positivas, algo que provavelmente deve ocorrer com maior intensidade apenas no início do próximo ano". 
Exposição ao setor externoEnxergando uma dinâmica semelhante aquela desenha por Rodrigo Ferraz, Leonardo Correa e Renato Antunes, do Barclays Capital, recomendam que investidores não se exponham às companhias brasileiras do setor, revelando preferência por nomes estrangeiros. 
Os dois projetam um cenário sombrio para o segmento nacional de siderurgia, resultante da conjunção de dois fatores:  baixa demanda e altos estoques. A reversão desta situação deverá ocorrer, de acordo com os cálculos do banco britânico, apenas no final do primeiro trimestre de 2011.

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