Revelando suas expectativas para o desempenho do mercado acionário doméstico ao final deste ano, o Grupo InterBolsa prevê um rali do Ibovespa nos próximos dois meses.
“Acreditamos (...) que, definido o quadro eleitoral, e com a demanda sazonal de fim do ano no hemisfério norte, com as medidas de afrouxamento monetário do Fed (Federal Reserve) bem sucedidas, o Ibovespa experimentará um rali de fim de ano”, comentam os analistas da corretora.
Para eles, o Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo) deverá fechar o ano acima de 74 mil pontos. “Baseado num ciclo virtuoso de crescimento da economia brasileira neste ano, assim como contingências do ambiente internacional, achamos que o Ibovespa possui espaço para crescer a algo em torno de 74,2 mil pontos ao fim deste ano”, comentam os analistas.
Pré-condições
No entanto, para que o otimista cenário se concretize, a equipe da InterBolsa destaca uma série de pré-condições, dentre as quais está o ingresso de recursos externos na bolsa, o rali costumeiramente ocorrido ao final de cada ano, consequência do ajuste de posições dos investidores, e a definição da equipe econômica do novo presidente da república.
Quanto ao último ponto, os analistas não preveem grandes mudanças na postura do novo Governo, no tocante à políticas econômicas. “Não acreditamos que nenhum candidato se atreva a sair do tripé de política econômica – câmbio flutuante, gestão fiscal responsável, política monetária conservadora com sistema de metas e Bacen (Banco Central) independente operacionalmente”.
Equipe econômica e cenário alternativo
Além disso, os analistas frisam a necessidade de o novo presidente compor de maneira acelerada a nova equipe do BC. “Importante uma rápida definição do governo eleito, seja de Dilma Rousseff ou de José Serra”.
Outro cenário alternativo que pode alterar o rumo do mercado acionário doméstico neste ano é o caso de, caso eleita, Dilma formar um colegiado mais ortodoxo do que o presente no atual Governo. “Caso isso se confirme, tensões devem ocorrer nos mercados de ativos neste final de ano. Neste cenário, a bolsa deve perder fôlego, recuando a 64 mil pontos ao fim do ano de 2010”, preveem.
Vale e Petrobras
Por último, destacam os riscos às principais companhias nacionais. “Com a China crescendo menos, nossas exportações de minério de ferro acabarão afetadas, o que se refletirá no desempenho da Vale (VALE3, VALE5)”, diz a equipe, lembrando que a "sintonia fina" de política monetária do gigante asiático é um dos riscos para a mineradora.
Além disso, disparam que “para piorar, ainda existem receios de intervenção política nessa importante blue chip, caso a presidente eleita seja Dilma Rousseff.
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