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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Petróleo fecha em forte baixa em Londres e Nova York

Os preços do petróleo registraram novamente fortes perdas nesta quinta-feira em Londres e Nova York, onde o barril de referência perdeu mais de 2%, pressionado pelo fortalecimento da moeda americana.
Na Nymex (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), o barril do tipo Texas ("light sweet crude") para entrega em dezembro, fechou a US$ 80,56, em queda de 2,39% em relação à quarta-feira.
O barril de WTI registra assim três dias de altos e baixos, após perder 4% de seu preço na terça-feira. Na quarta-feira recuperou-se, para cair novamente nesta quinta-feira.
Na Intercontinental Exchange de Londres, o barril do Brent do mar do Norte para entrega em dezembro caiu 2,11%, tendo sido negociado a US$ 81,83.
"Atualmente tudo depende das moedas", indicou Rich Ilsczyszyn, da Lind-Waldock.
O dólar, que havia começado a sessão de forma vacilante, recuperou vigor durante a tarde, colocando o mercado petroleiro sob pressão com a aproximação do fechamento da Nymex.
O fortalecimento da moeda americana encarece os preços das matérias primas negociadas em dólar.
"Sucessivamente, foram levados à queda dois níveis técnicos, acelerando as vendas no mercado", afirmou Ilsczyszyn.
Além disso, "o petróleo permanece submetido ao conceito de que se a China elevar suas taxas [o que fez há dois dias], se começar uma fase de ajuste monetário, a demanda mundial pode ser afetada parcialmente", acrescentou o analista.
O entusiasmo dos investidores esfriou com a desaceleração do crescimento chinês no terceiro trimestre, ainda que tenha mantido sua solidez, com 9,6%, mas inferior aos 10,3% registrados no segundo semestre e aos 11,9% do primeiro. A China é o principal motor do aumento da demanda de energia no mundo.
A evolução do dólar deve continuar pesando sobre o mercado petroleiro, segundo Tom Bentz, da BNP Paribas, mas os analistas da JPMorgan afirmam que "o sólido PIB [Produto Interno Bruto] da China e uma forte demanda de petróleo sugerem que o mercado petroleiro conta com outros apoios" além do dólar.

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