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terça-feira, 5 de outubro de 2010

MITO OU VERDADE: Escolhas políticas interferem no mercado financeiro?

"No entanto, vimos que no primeiro turno das eleições ambos os candidatos presidencias (José Serra, do PSDB e Dilma Rousseff, do PT) deixaram bem claro que manteriam a atual política econômica do país, não alterando em nada o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo, por exemplo".

Entretanto, o professor esclarece que o quadro pode se reverter caso, na disputa pelo segundo turno das eleições, os candidatos venham a apresentar propostas de programa que alterem o quadro político vigente. "Ai sim poderemos ter supresas, por que do contrário, tanto faz um ou outro candidato, nada muda. Quem quer aplicar procura a melhor opção vai lá e aplica". 

Porém, segundo análises de mercado, algumas ações de companhias ligadas ao setor de energia, principalmente, sofreram alterações refletindo o resultado das eleições para governador. No Paraná, por exemplo, a vitória em primeiro turno de Beto Richa (PSDB) aliviou a pressão sobre os papéis da Copel, que dispararam 4,42% no pregão de ontem, uma vez que sinaliza menor intervenção governamental na empresa, segundo a Socopa Corretora.

Em Minas, a candidatura em primeiro turno de Antônio Anastasia influencou positivamente os papéis da Cemig, cuja alta foi de 1,81%. Como o mercado já vinha se antecipando a esse resultado, no entanto, outros ativos citados pela Gradual Investimentos, como Copasa e Light, fecharam com quedas de 0,58% e 1,11%, respectivamente. 

O professor Keyler Rocha lembrou também do alvoroço causando nas eleições presidenciais de 2002, quando a possibilidade da entrada de um governo de esquerda causou "um verdadeiro caos" no mercado. Naquela época, o dólar chegou a superar a cotação de R$ 4, a bolsa registrou uma série de seis quedas mensais e o risco Brasil aumentou.

"Lula na época propunha mudanças radicais, como a moratória, e tanto o mercado interno como o internacional se apavoraram. Ao final, no entanto, ao tomar posse, ele não fez nada daquilo que se temia e a bolsa voltou a reagir", lembrou o profissional.


(Maria Cecília Ferraz - www.ultimoinstante.com.br)

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