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terça-feira, 23 de novembro de 2010

UE e FMI pedem 'esforço extra' da Grécia para conter deficit

13h36


Cortes de gastos na Grécia geraram greves e protestos em todo o país

A União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) pediram que a Grécia faça um "esforço extra" para conter seu deficit público em 2011, ao mesmo tempo em que anunciaram a liberação da terceira parcela do empréstimo feito ao país.

Em maio, a UE e o FMI fecharam um acordo de resgate financeiro de 110 bilhões de euros (R$ 256,3 bilhões), válido por três anos, para salvar a economia da Grécia, que enfrentava o risco de um calote da dívida devido à sua grave situação fiscal.

A terceira parcela do empréstimo é de 9 bilhões de euros (R$ 20,9 bilhões). A Grécia planeja reduzir seu deficit público em 2011 para 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2009, o número chegou a 15,4% do PIB.

Os esforços da Grécia em cortar gastos gerou greves e protestos violentos no país ao longo deste ano. Outros países da zona do euro em grave situação fiscal, como Irlanda e Portugal, são alvos em potencial de novos resgates financeiros.

Ao finalizarem a sua segunda revisão do programa econômico grego, as equipes da UE, do FMI e do Banco Central Europeu emitiram nota afirmando que o país está "no caminho certo" e que esperam uma "virada" na economia do país em 2011.

No entanto, embora elogiem os cortes de gastos feitos, as equipes destacam que os esforços da Grécia podem ser menores do que o exigido para o país sair da crise.

"Revisões de dados de 2009 e a arrecadação de impostos menor que o esperado significam que um esforço extra será necessário para atingir a meta de deficit de 7,5% do PIB em 2011, que o governo tem reafirmado", diz o comunicado.

Encruzilhada

Segundo o correspondente da BBC em Atenas, Malcolm Babrant, a equipe internacional acredita que o governo grego está em uma encruzilhada, precisando realizar grandes reformas estruturais para reverter a sua grave situação econômica.

O repórter afirma que a UE e o FMI esperam uma maior arrecadação de impostos, assim como cortes no setor de saúde pública e em companhias estatais tidas como dispendiosas, como a de transportes ferroviários.

O FMI acredita, segundo o correspondente da BBC, que estes setores têm um número excessivo de servidores, sendo que muitos deles recebem salários considerados altos demais.

A próxima revisão do programa econômico grego ocorrerá em fevereiro.

Orçamento de 2011 Na semana passada, o governo divulgou seu plano de orçamento para 2011, prevendo cortes na saúde e na Defesa, além do aumento de impostos para as vendas no varejo.

Nessa segunda-feira, o ministro das Finanças da Grécia, George Papaconstantinou, disse que o deficit orçamentário de 2010, acumulado até outubro, foi de 17,3 bilhões de euros (R$ 40,3 bilhões), uma redução de 30,2% em relação ao mesmo período em 2009.

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